Nutrição

Dieta Low Carb e Dieta Cetogênica

No passado acreditava-se que a dieta com baixa ingesta de gorduras era a melhor para diminuir os riscos cardiovasculares e tratar a obesidade. Hoje, muitos estudos têm mostrado um resultado diferente do que se pensava.

A diminuição da quantidade de carboidratos e o aumento de gordura e proteínas parece ter um resultado superior nos resultados não somente em relação a perda de peso como também em biomarcadores, como triglicerídeos, insulina, gordura visceral, LDL e HDL, sendo estes usados como marcadores de risco cardíaco.

A partir de 1970, o governo dos EUA preconizou que a obesidade tinha relação maior com as gorduras, porém 40 anos depois mesmo diminuindo cerca de 25% a quantidade de gordura nas dietas, hoje a obesidade é uma epidemia.

Os carboidratos processados como açúcar branco, arroz branco, batatas fritas, bolachas, biscoitos, bebidas açucaradas, massas, pão branco… São os maiores vilões.

Nos anos 20, 40% do total de calorias era gordura, envolvendo óleos, leite integral, manteiga, oleaginosas… As pessoas eram magras e com menos doenças crônicas como hipertensão e diabetes.

Com as políticas públicas baseadas em estudos mal controlados e de curto prazo, impuseram à indústria alimentícia a produção de alimentos com baixo teor de gordura e aumento de carboidratos acreditando que a gordura era o maior vilão.Porém, hoje se sabe que a longo prazo o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade diminuem com a redução dos carboidratos contidos em alimentos industrializados devido ao fato de não haver picos de insulina constantes que levam à obesidade e diabetes. A dieta cetogênica e low carb baseiam-se nestes fatos.

Jama, september 28, 2016

Fontes:
JS Volek, et ai
Samaha FF, et al
Sondike SB, et al
Brehm BJ, et al
Aude YW , et al
Yancy WS Jr, et ai
Meckling KA, et al
Nickols-Richardson SM, et ai
Daly ME , et al

 

Dieta do HCG

HCG é um hormônio produzido naturalmente pela placenta que é usado para tratamento da obesidade com perda da massa gorda e preservando a massa muscular comprovado através de um exame chamado bioimpedância. O paciente tem uma tolerância maior da dieta que é bastante restritiva durante o tratamento.

O tratamento pode durar de 20 a 40 dias podendo repeti-lo a cada 6 semanas. A diferença das outras dietas é que a irritabilidade, compulsão alimentar e a fome são menores, eliminando as gorduras nas regiões que são mais difíceis de serem eliminadas (gordura localizada). É necessária uma avaliação prévia do paciente para afastar riscos em relação ao tratamento. Quando bem indicada, os resultados a curto prazo são bons, porém, o acompanhamento com uma nutrição funcional deve ser constante.

Para ter sucesso no processo de emagrecimento, é preciso investigar toda a parte hormonal, estilo de vida, sedentarismo, estado emocional e nível de estresse, para que sejam associadas várias terapias como modulação hormonal, nutrição funcional, nutrição esportiva individualizada, fitoterápicos para acelerar o metabolismo, aumentar a resistência física e imunidade, tratar o intestino, terapias de relaxamento e outros.

Fontes:
www.oralhcg.com
HCG Mitos e verdades no auxilio do HCG para Emagrecimento Saudável

 

Jejum Intermitente

Em um estudo, publicado neste ano de 2015, pesquisadores da VU University of Amsterdam e da University of Manchester, constataram que a concentração de glicose no sangue pode ser reduzida em 20-40% durante o jejum intermitente. Calcularam que o fornecimento de glicose às células tumorais anóxicas potencialmente perigosas pode assim, ser significativamente reduzido resultando em morte celular, especificamente destas células. Células anóxicas são dependentes de degradação anaeróbica da glicose para geração de ATP e são perigosas, pois induzem a angiogênese, despertando o tumor dormente. Dessa forma, o jejum intermitente pode ajudar a reduzir a incidência de recaída tumoral através da redução do número de células tumorais anóxicas e consequentemente, o “despertar” do tumor.

O efeito do jejum intermitente no humor foi estudado por pesquisadores da Université Montpellier e da University Paris-Est. Eles descobriram que o jejum é frequentemente acompanhado por um aumento do nível de vigilância e uma melhora do humor, uma sensação subjetiva de bem-estar, e às vezes de euforia. O jejum terapêutico, seguindo um protocolo estabelecido, é seguro e bem tolerado. Muitos mecanismos neurobiológicos têm sido propostos para explicar os efeitos sobre o humor em jejum, tais como alterações em neurotransmissores, qualidade do sono, e síntese de fatores neurotróficos. Muitas observações clínicas relacionam um efeito no início do jejum (entre o 2º. e o 7º. dia) sobre os sintomas depressivos com uma melhora no humor, estado de alerta e uma sensação de tranquilidade relatada pelos pacientes.

A vulnerabilidade do sistema nervoso com o avanço da idade é muitas vezes manifestada em doenças neurodegenerativas, como as doenças de Alzheimer e de Parkinson. Em um artigo de revisão, cientistas do National Institute on Aging Intramural Research Program, USA, descrevem evidências sugerindo que duas intervenções dietéticas, restrição calórica (RC) e jejum intermitente (JI), podem prolongar a saúde do sistema nervoso, ao impactar as vias metabólicas e de sinalização celular, vias fundamentais que regulam o tempo de vida. A RC e o JI afetam a energia e o metabolismo dos radicais de oxigênio e os sistemas de resposta ao estresse celular, de forma a proteger os neurônios contra fatores genéticos e ambientais, que de outra forma, sucumbiriam durante o envelhecimento. Existem várias vias interativas e mecanismos moleculares pelos quais a RC e o JI beneficiam os neurônios, incluindo as que envolvem sinalização semelhante à da insulina, fatores de transcrição FoxO, sirtuínas e receptores ativados pelo proliferador de peroxissomo (PPAR). Estas vias estimulam a produção de proteínas chaperonas, fatores neurotróficos e enzimas antioxidantes, todos os quais ajudam as células a lidar com o estresse e resistir à doenças. Uma melhor compreensão do impacto da RC e JI sobre o envelhecimento do sistema nervoso provavelmente conduza à novas abordagens para a prevenção e tratamento de doenças neurodegenerativas.

Qualquer medida em relação a nossa dieta deve ser orientada por um profissional de nutrição e com devido acompanhamento médico. Pessoas com pouca quantidade de massa muscular, sensibilidade a insulina, usuárias de anticoncepcionais hormonais e mulheres na menopausa sem tratamento hormonal, podem não se beneficiar do jejum, pois a perda de massa muscular pode ser preponderante nestas situações.

Referências:
A reason for intermittent fasting to suppress the awakening of dormant breast tumors.
Fasting: Molecular Mechanisms and Clinical Applications.
Caloric restriction and intermittent fasting: two potential diets for successful brain aging.
Effect of Ramadan fasting on fuel oxidation during exercise in trained male rugby players.
Efficacy of fasting calorie restriction on quality of life among aging men.
Intermittent fasting vs daily calorie restriction for type 2 diabetes prevention: a review of human findings.
Intermittent versus daily calorie restriction: which diet regimen is more effective for weight loss?
Fasting for weight loss: an effective strategy or latest dieting trend?
Improvements in body fat distribution and circulating adiponectin by alternate-day fasting versus calorie restriction.
Modified alternate-day fasting and cardioprotection: relation to adipose tissue dynamics and dietary fat intake.
Effects of intermittent fasting on metabolism in men.
Intermittent fasting modulates IgA levels in the small intestine under intense stress: A mouse model
Caloric restriction and intermittent fasting alter hepatic lipid droplet proteome and diacylglycerol species and prevent diabetes in NZO mice.

 

Dieta Vegana e Vegetariana

Vegetarianismo é um regime alimentar que exclui da dieta todos os tipos de carne (boi, peixe, frutos do mar, peru, faisão, paca, porco, carneiro, frango e qualquer ave, etc), bem como todos alimentos derivados. É baseado fundamentalmente no consumo de alimento de origem vegetal, com ou sem o consumo de laticínios e/ou ovos. O veganismo, ou vegetarianismo estrito, exclui da dieta todo e qualquer consumo de alimentos ou sub produtos derivados de origem animal, assim, seus adeptos também não consomem ovos, laticínios (leite, queijo, manteiga) e mel.

Veganismo é uma filosofia de vida motivada por convicções éticas com base nos direitos animais, que procura evitar exploração ou abuso dos mesmos, através do boicote a atividades e produtos considerados especistas (Especismo – Espécie + ismo)*.

Formas de vegetarianismo:

Ovolactovegetarianismo

Dieta composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados deles. Nesta dieta só há a exclusão de qualquer tipo de carne da alimentação.

Lactovegetarianismo

Dieta composta por alimentos de origem vegetal, leite e seus derivados. Os que a seguem não comem ovos nem qualquer tipo de carne. Essa é a dieta tradicional da população indiana.

Ovovegetarianismo

Dieta composta apenas por alimentos de origem vegetal e ovos, havendo a exclusão dos produtos lácteos e seus derivados e de carne.

Vegetarianismo semiestrito

Dieta que exclui quase todos os alimentos de origem animal, abrangendo somente o mel.

Vegetarianismo estrito

Também chamado de vegetarianismo verdadeiro, é uma dieta que exclui todos os produtos de origem animal. Vegetarianos estritos não comem, assim, qualquer tipo de carne,ovos, laticínios, mel, etc., retirando da dieta todos os produtos de origem animal.

Enquanto o vegetarianismo estrito é apenas um regime alimentar, veganismo é respeito aos direitos animais – o que inclui o vegetarianismo estrito por razões éticas, mas não apenas (circo com animais, rodeios, produtos testados em animais, e qualquer outra forma de exploração animal é boicotada pelos veganos).

Há muitas controvérsias mas cada vez mais adeptos no mundo todo estão aderindo a  dieta vegana. Ela é a menos inflamatória e parece ser a mais saudável, tendo que suplementar apenas a vitamina B12 a longo prazo. Porém, hoje, há uma pandemia de falta de vitamina B12, ferro e vitamina D, mostrando que tem algo mais do que a alimentação e sim absorção dos alimentos. A disbiose intestinal prejudica o metabolismo e absorção de tudo o que comemos.

Existe a causa animal envolvida, presença de hormônios, transgênicos e sabemos que a natureza está sendo destruída pela indústria alimentícia e os agrotóxicos e que as fontes de água estão sendo poluídas e exauridas com o desmatamento além  do efeito estufa que está modificando a temperatura do nosso planeta.

Esta dieta envolve a preservação do planeta e tem uma preocupação com as futuras gerações. Acompanhar sempre com um profissional especializado é fundamental.

Nutrição Funcional

É uma nutrição mais individualizada levando em consideração a bioquímica de cada paciente, como também as intolerâncias alimentares muito frequentes nos dias de hoje. Avalia o paciente como um todo, abrangendo o estado emocional, alergias, carências de vitaminas e minerais, e principalmente o trato gastrointestinal (disbiose) que é responsável por um grande número de doenças na atualidade.