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Mutação da Proteína do Leite

Mutação da Proteína do Leite

Leite A2

 

As alergias ao leite estão se tornando cada vez mais frequentes, não só a lactose como também a proteína do leite. As intolerâncias a proteína do leite aumentam o risco de autismo, doenças cardiovasculares e diabetes. No passado, o leite das vacas apresentavam apenas a proteína chamada beta caseína A2, porém houve uma mutação genética e coincidentemente foram as que mais se proliferaram pelo mundo. Esta mutação gerou uma nova proteína chamada beta caseína A1 hoje prevalente na maioria das vacas leiteiras.

Todos os mamíferos produzem a beta caseína A2 (mulher, égua, cabra, camelo… que não geram intolerâncias). A beta caseína A1 gera beta caseomorfina A7 (estrutura semelhante a morfina) gerando reações alérgicas. Uma pesquisa genética na USP mostrou que todas as raças zebuínas ainda produzem leite A2 na sua quase totalidade, não tendo sido afetadas por aquela mutação genética (gado Gir leiteiro).

A raça Guersey é 100% A2.

A Jersey é 75% A2 e 25% A1.

A raça Holandesa é 50% A1 e 50% A2.

As vacas de hoje são confinadas e comem de tudo, menos capim (esterco de galinha, caroço de algodão, farelo de soja, sulfato de amônio, farinha de carne, poupa de laranja…). Estas dietas são preconizadas pelo status-quo técnico-científico do chamado agro negócio, que insiste em tentar reduzir todas as tarefas biológicas a meros produtores de moeda corrente, sem levar em consideração as necessidades fisiológicas de cada espécie animal, isto é, uma dieta altamente acidificante e geradora de problemas já bastante conhecidos de todos os criadores de gado leiteiro, a saber, laminite, indigestão, empanzinamento, baixa longevidade…

A média de lactações de uma vaca nos EUA, a Meca do conhecimento científico e onde todos os técnicos e cientistas brasileiros se espelham é de apenas 1,8 lactações ou até menos durante toda sua vida. Mas quem se importa?

A descoberta desta mutação coloca em cheque o sistema estabelecido e serão combatidas pelos cientistas de aluguel, mídias de aluguel, políticos de aluguel, vendidos aos interesses econômicos contrariados.

Então, o tempo dirá quem está com a razão.

Pesquisar fornecedores de leite A2 (Guersey, Jersey e Gir) que comam pasto ou feno produzidos em solos remineralizados, com altos teores de manganês, zinco, cobre, boro, cobalto e molibdênio, e com uma micro biologia ativa para garantir um bom suprimento de húmus, o qual irá se contrapor às secas e estiagens, cada vez mais frequentes e gerar plantas mais sadias e nutritivas.

Então, refletindo sobre tudo isso, tem a questão ainda da pasteurização do leite, confinamento do gado gerando estresse para o animal, acarretando produção excessiva de cortisol, alimentação inadequada, uso de antibióticos e hormônios nestes animais.

Às vezes ficamos perdidos. Porém, não significa que devemos ingerir excesso de leite, mas quando ocorrer procurar de preferencia este leite quando há intolerância à proteína ou não, pois a A1 é altamente inflamatória a nível do trato gastro intestinal, independente de ter intolerância ou não pois há a inflamação crônica subclínica que leva a doenças como artrites, cardiovasculares e neurológicas, arteriosclerose, diabetes, enxaquecas, deficiências nutricionais devido a má absorção dos alimentos e Alzheimer.

A intolerância à lactose pode ser tratada com enzimas digestivas e leite sem lactose, porém não devemos esquecer das intolerâncias da proteína do leite, no caso a beta caseína A1.

Fonte:
José Luiz Moreira Garcia (Agrônomo e mestre em bioquímica e fisiologia de plantas pela Michigan State University)